sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Críticos de Rock


Alguns criticos de rock, inventaram que saber tocar bem um instrumento, ser um virtuose, tocar rock que parecesse ser música mais séria não combinava com o espírito do mesmo...ou seja...o rock como música não poderia evoluir. Teria que ficar eternamente nos 3 acordes, mascarados por toneladas de distorções onde ninguém poderia definir se o que estavam tocando era música boa, ruim, ou apenas barulho. A inteligência musical e auditiva que o rock tentasse mostrar estavam proibidas... era a volta pra caverna.

O rock tinha que ser básico, simples, pobre, barulhento, com pose de moderno e sempre curtinhos...mais que 3 minutos tava proibido.

Isso foi aos extremos nos anos 80 e 90, mas não era coisa tão nova assim.

Ezequiel Neves em um número do jornal Rolling Stone de 1972, onde não sei se copiando algum crítico estrangeiro de segunda, dizia que o Yes e o rock progressivo de uma maneira geral, era pretencioso... e aquela charopada toda que a partir dos anos 80, quase todos que escreviam sobre rock e não só sobre o rock progressivo dos anos 70, repetiam feito papagaios com um profundo desprezo e desrespeito pelas gerações anteriores..justo pelas mais criativas que existiram...as dos anos 60 e 70... que na realidade é a mesma. 90% das bandas dos anos 70 começaram nos anos 60...é só consultar a história.

Neste mesmo número da Rolling Stone, ou em outro...Ezequiel Neves babava pela J.Geils Band...uma banda de rock and roll legalzinha apenas, como muitas outras e cuja fama era mais por suas apresentações energéticas do que pela originalidade ou qualidade de sua música.

Os críticos de rock tem essa necessidade de permancer na adolescência, talvez para aumentar seu tempo de vida útil, buscando novos leitores e tentando fazer a cabeça deles...coisa que conseguem muito fácil.

Nos anos 80 fizeram a festa e como sempre achincalhando, ridicularizando, denegrindo qualquer tipo de rock que parecesse estar sendo tocado por músicos de verdade. Ser virtuose então, virou crime.

Concordo que a praga que se tornou o tipo de virtuoso pirotecnico, cujo um dos disseminadores foi o Van Halen, virou um troço chato, uma mesmice exibicionista e um lance bem brega. Mas separemos as coisas.
Existe o virtuoso que pensa em uma direção e existe o genial que vai em direção oposta. Jimi Hendrix, Jeff Beck, e tantos outros como o próprio Van Halen, poderiam ser classificados só como virtuoses? Não!

Esses músicos estavam acima de tudo querendo fazer música original e não ficar no mesmo lugar. Curiosamente a guitarra era o veículo e não poderia deixar de ser diferente.

Nenhum outro instrumento é como a guitarra, que se presta a tantas possibilidades e sonoridades. E ha bem pouco tempo esses mesmos críticos vem tentando mata-la... isso que é pretensão.

Voltando aos músicos que os críticos desprezam, Tom leão no jornal o Globo, várias e várias vezes fazia isso..atacar o rock dos anos 70. Disse até uma vez que ele era individualista...um absurdo.
Aí veio a febre dos djs e ele pra ficar na onda começou a endeusa-los. E eu pensei...existe coisa mais individualista do que um cara sozinho em cima de um palco com suas pick-ups?

O vi também babando por sua banda do coração quando lançaram algo com orquestra...e lá foi ele mordendo a lingua de novo.
Quer dizer que com essa sua banda querida não é pretensão fazer isso? Mas para os primeiros que fizeram é?
Que cara mais incoêrente.

Um outro do mesmo jornal...Bernardo alguma coisa, com a mesma falta de personalidade vinha com seus ataques.
Lembro de uma vez ele falando sobre heroína, colocar o título dúbio. "A droga dos anos 70.... pelo título imaginávamos que iria falar da música, é claro, pois volta e meia ele descia o malho nela... só depois é que víamos que ele estava falando de drogas de verdade. Mas a intenção oculta no título...

Arthur Dapieve. Na primeira vez que vi uma aparição sua em um jornal, (Jornal do Brasil, se a droga da minha memória...) aproveitando a vinda do Jethro Tull ao Brasil, disse com todas as letras.
"O Jethro Tull é das poucas coisas que prestaram nos anos 70"

Tempos depois ele começou a mudar. Disse que gostava do Free, que preferia o Dick Betts (Allman Brothers) ao Eric Clapton (não sei o que um tem a ver com o outro)...começou a citar o que antes negava e tratava como lixo....e começou a falar também de jazz e outros estilos...aí eu pensei... tô fora desse balaio de doido...compreênsível... um cara que diz que a melhor banda do mundo é Echo and the Bunnyman, só pode ser doido mesmo. Mesmo o achando o melhor entre os outros, cansei e parei de ler seus escritos.

Estou longe de achar que tudo o que foi feito nos anos 60 e 70 foram o máximo. Tem coisas ruins, coisas chatíssimas e coisas inexpressivas. Tem bandas que todos amam e eu acho um saco! Certos intocaveis pra mim são só mais um e não os melhores, como a maioria enfiou na cabeça...aliás, muito disso também tem o dedo da tal critica especializada. Mas o caso é que a proporção entre bom e ruim é muito maior para o primeiro.

Ja reparei também que eles sempre citam as letras dos que eles acham os geniais. Da música não falam muito, até porque, também já reparei, que os geniais deles na parte musical são sempre fracos, não cantam nada, não tocam nada.... tudo faz sentido.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Começando a tocar - 2

Todo mundo que quer tocar guitarra, tem sempre uma primeira preocupação. Aprender a solar.

Acho que comigo também não foi diferente e um dos caminhos inevitáveis para aprender, é ouvindo discos que tenham grandes guitarristas.
 
Não lembro exatamente de todos, mas pelo menos 3 discos foram decisivos para mim. Curiosamente os 3 foram gravados ao vivo.

O primeiro, que já citei aqui em algum post, foi o do Rory Gallagher.
Considero até hoje minha aula mais importante, seu solo em "Messin with the kid" do disco "Live In Europe", que ouvi fresquinho na época de seu lançamento.

O segundo, o considero também uma aula de timbres, sutilezas, belezas e bom gosto. O ouvi também na época de seu lançamento, fresquinho, cheirando a novo. Wishbone Ash "Live Dates"..o primeiro Live Dates da série.

O terceiro, já tinha sido lançado mas me chapou e me clareou os ouvidos da mesma forma. Allman Brothers "Live At Fillmore East" em particular na música "In memory Of Elizabeth Reed"...mas não só por ela.

Esses discos foram responsáveis por boa parte do que aprendi sobre como tirar sons, timbragem, como um solo de improviso pode ser interessante...
Tem outros, de outras bandas, mas esses me marcaram muito e acredito que com todo mundo seja assim. Um determinado disco, ou músico, acende uma luz na tua cabeça e você entende algo...é o estopim...aí não tem mais volta.


Começando a tocar - 1



Quando uma pessoa esta começando a tocar um instrumento, entre as dúvidas normais, algumas outras mais ligadas a ansiedade, em querer aprender logo, tocar as músicas que gosta, tocar igual (sic) seu(s) ídolo...enfim...atormentam o iniciante e sua cabeça fica cheia de perguntas e desejos. Comigo não foi muito diferente.

Na época em que comecei a tocar, 1972, tudo era difícil. Professor de guitarra conheci apenas um. Não cheguei a ter aulas com ele pois era  muito requisitado e me parece que trabalhava em estudio. Se chamava Marquinhos, tinha uma Gibson SG e morava na Rua Raul Pompéia, quase esquina com Julho de Castilho no posto 6, em Copacabana. Anos depois tive algumas aulas de teoria com Armenio Graça...o suficiente para aprender a ler e escrever partituras.

Não sei se por ser auto-didata, nunca gostei de ensinar.
Me falta paciência, didática e principalmente dom para isso.
Posso estar errado mas no meu entender, para ser um bom professor você tem que ter também o dom de ensinar e dou muito valor a quem o tem, pois eu não tenho e gostaria de ter.

Aos poucos alunos que tentei ensinar algo, alguns vinham com umas perguntas que eu não me fiz quando comecei a aprender.

"quanto tempo eu demorei para fazer o primeiro solo"

Simplesmente não sei. lembro que nunca me preocupava em tirar solos inteiros.
Minha atenção estava voltada para pequenas coisas como riffs, efeitos, técnicas, pequenos detalhes e coisas que enriqueciam os solos.
Os solos em si, admirava por sua inventividade ou não e nos meus treinamentos minha preocupação era apenas solar aleatóriamente, independente de minhas limitações e pouco conhecimento, mas sempre tentando criar alguma melodia.

Lembro também que tinha minha atenção voltada para solos longos e que fossem realmente criativos. Solos baseados em riffs e repetição de células, eu sequer interpretava como solos, pois percebia que eram todos montados.

Aprendi uma ou outra escala e meus estudos de solos eram na base do improviso, usando essas escalas.
Desde o começo foi assim e claro, também ou principalmente, ouvindo os discos e pegando os detalhes que comentei, aprendendo a como fazer determinada coisa e incorporando isso.

Como não sabia muita coisa de harmonia, colocava dois ou três acordes na cabeça e ficava solando em cima desse acompanhamento imaginário. Não devia sair tão ruim, pois ninguém reclamava. Exceto minha mãe que uma vez me perguntou: Você não toca nada conhecido? rs

Meu vocabulário evidentemente era limitado e isso funcionou de forma produtiva, pois ficava o tempo todo tentando criar coisas novas e isso me fazia arriscar e tentar caminhos que não conhecia ainda. Isso fez com que eu ficasse bem safo nos improvisos e exigente também.

Até hoje me broxa quando percebo que meus improvisos estão deixando de ser improvisos e se tornando caminhos pelos quais já passei. Essa insatisfação me fez também, inconscientemente, me ligar em melodias, pois se eu repetisse melodias no improviso, ficaria evidente demais que haviam deixado de ser improviso para serem frases prontas. E isso terminou se tornando um diferencial na minha forma de tocar. Sempre que improviso, tento criar alguma história nova...se vai ser boa ou ruim, são outros quinhentos.

Gosto por exemplo dos improvisos do Allman Brothers e em especial, gostava dos criados por Dicky Betts, que sempre me levava em seus climas até chegarem ao ápice. Não fiquei bom nisso, em criar esses climas crescentes e emocionantes, mas sei apreciar os que sabem fazer isso bem.

Para aprender a solar fiz dessa forma e o conselho que posso dar,  além de ouvir o máximo de guitarristas que você puder, separando os que valem a pena dos que nada te acrescentarão, é...destrinche o braço da guitarra. Aprenda aonde fazer o mesmo solo no máximo de lugares possíveis. Misture as escalas e não se atenha a nenhuma, apesar do que, as pentatônicas sempre estarão no seu caminho e funcionam.
 
Fique muito atento a digitação, estude-a, observe os caminhos, desdobre-a, enrole-a e faça gato e sapato dela...você pode ir para qualquer lugar e de forma fácil atravez da digitação.
E se descobrir ou criar um caminho de digitação que te de uma liberdade absurda, treine-a até incorpora-la a sua forma de tocar e use-a, pois do contrário, acredite.. você vai esquecer como fazer e depois vai ficar se lamentando feito eu.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Levantando a ponte para tocar slide

Minha idéia com os toques que dou, é ajudar quem conhece pouco mas mesmo assim pode fazer sozinho algumas mudanças em sua guitarra.

Me perguntaram como se levanta a ponte e se coloca as cordas mais altas para tocar slide.

É simples:

Lembre-se que as cordas ficando 2 milimetros de altura em relação ao braço da guitarra, normalmente é suficiente para ter uma boa ação no uso com o slide.

Mas para ficar direitinho, mesmo sem você ter um gabarito desses como o da foto abaixo,é um pouco mais complicado, mas não impossível. Regule o saddle da primeira corda na altura desejada, deixando-o reto..não fazendo nenhuma inclinação. Ou seja, ambos os "parafusos" na mesma altura. Aí você vai para a segunda corda. Coloque o saddle aproximadamente dois milímetros acima do primeiro, lembre-se que os parafusos ficam sempre na mesma altura..não fazem inclinação. O terceiro sadlle, suba aproximadamente 2 milimetros do segundo sadlle. O quarto igual ao terceiro. Do quinto ao sexto, faça o caminho inverso. Não é tão difícil. Arrisque. Tem vídeo no You tube mostrando como fazer isso.

Em pontes estilo Gibson isso não é preciso.

E não tenha medo... nada disso estragara sua guitarra.

Dividindo o mesmo show

Em shows divididos, você vê e confirma como os músicos são desunidos e se puderem te sacanear, sacaneiam mesmo.

Sempre que toquei em shows assim, respeitei o tempo que me cabia, dei toques para outros músicos caso notasse algo errado e também sempre fiz questão de após acabar o meu show, desmontar minhas coisas e sair o mais rápido possível do palco para que quem viesse tocar depois, montasse seu set com tranquilidade e sem tanta correria, pois sei que além da parte técnica e prática da montagem...cabos, pedais, amp, quando é o caso... tem também uma que normalmente demanda tempo.
Timbrar decentemente seu instrumento.

Eu faço isso relativamente rápido pela experiência e porque também uso pouca coisa...mesmo assim, timbrar nunca é tão rápido quando você não esta usando o seu set e não tem tempo de fazer isso na passagem de som...quando tem passagem de som.

Uma vez dividindo um show, a outra banda nos pediu para abrir porque alguém da banda deles teria que sair cedo, sei lá porque motivo. O combinado era que nós abriríamos o show.

Beleza..a contra gosto concordamos. A contra gosto porque 90% do público que estava lá era para vê-los, então teoricamente iríamos tocar para uma casa quase vazia. Mas aceitamos..afinal eram nossos "amigos" e estavam com esse problema.

Começou o show deles, demorou pra acabar... até que terminou.
Fui para o lugar aonde eu iria montar minhas coisas e o tecladista estava lá paradinho sem sequer enrolar um cabo, todo sorridente conversando com seus amigos.

Falei com o cara e não me deu atenção. Ficou uns 5 a 10 minutos até começar a desligar suas coisas...e levou mais outro tanto de tempo pra fazer isso tudo e finalmente liberar o palco pra mim.
Desrespeito geral...não só comigo mas com o público que ainda estava lá.
Minha vontade nessas horas é pegar as coisas do sujeito e jogar tudo pra fora do palco...incluindo ele.

Tocamos para um público em sua maioria desinteressado e depois que acabou o nosso show, vimos que o tal músico que precisava sair mais cedo estava lá...não teve que ir embora porcaria nenhuma..tudo mentira. Todos mui amigos.

Esse é apenas um exemplo...existem vários, incluindo sabotagens em aparelhos de uso comum no palco... tem que ficar ligado.

Depois de um tempo a gente aprende ao menos a não ser tão simpático.

Se tiver outra banda pra tocar, eu continuarei a sair rápido do palco, não me interessa atrasar o lado de ninguém.
Agora...amiguinho, bonzinho, otário....

Frequências ocultas



Se um guitarrista ouve algo que um engenheiro (técnico de som) diz ser impossível, aposte no guitarrista.

Isto foi dito por Por Craig Anderton.
link http://www.harmony-central.com/articles/tips/guitar_cords/

Sem querer me gabar, eu tenho um ouvido não absoluto, mas clínico para ouvir coisas que outras pessoas não ouvem de primeira...e as vezes mesmo eu mostrando continuam sem ouvir. É um dos motivos dessa coisa do timbre me azucrinar tanto. Eu ouço!

Um amigo meu, Sergio Izeckshon... músico, baixista, compositor, professor formado, dono de estudio e que também da aulas de Home Estudio... uma vez disse. "O Fernando escuta coisas que só ele escuta".
Isso foi depois de comprovar algo que eu ouvia e ninguém na sala de gravação tinha percebido.

Ele tinha uma banda chamada Operação Rio, da qual eu também participava.
Cheguei no estudio e estavam ouvindo a gravação de voz de uma determinada música.
Depois de ouvir eu falei pro cantor:

"Que barato isso que você faz com a voz algumas vezes"

Aí ele me perguntou surpreso o que era.

Sergio soltou a música e eu mostrei.

O cantor em alguns momentos, fazia algo que parecia ter um phase na voz.

Mostrei e ninguém ouviu nada. Mostrei outras vezes até que o Sergio também percebeu..e assim foi sucessivamente, os outros músicos começaram a perceber também. O cantor ficou pasmo e disse não saber como tinha feito aquilo...foi aí que o Sergio disse a tal frase.

Portanto...quando um guitarrista (que perceba essas coisas, é claro) ou o músico que for, disser que esta ouvindo algo...não pense que ele é maluco...você é que pode ser meio...sei lá.. surdo.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Teste de Single-coils parte 4 de 34 a 44 from Guitar Magazine



4ª e última parte com os testes de captadores single-coil, que foram publicados em uma Guitar Magazine e postado por alguém, anos atrás no Orkut.



34- Lindy Fralin Real 54
35- Lindy Fralin Woodstock 69
36- Rio Grande Pickups - Bastard(n) - Fat Bastard(b)
37- Rio Grande Pickups - Muy Grande
38- Rio Grande Pickups - Vintage Tallboy
39- Schecter Monster Tone ST - Non Tap
40- Tom Anderson SD1(n)- SD2(b)
41- Van Zandt True Vintage
42- Van Zandt Vintage Plus
43- Voo Doo ST60's Black
44- Voo Doo ST70's

Ca com meus botões...


Música é como literatura. Quanto mais você lê, mais capacidade tem de separar um bom escritor de um mais ou menos ou de um medíocre.
Música é igualzinho...quanto mais você ouve....

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A MPB não é música pra instrumentistas.
Já repararam nos solos, quando tem solos?
A grande maioria, diria que 99% deles, repetem a melodia da música.

Outras vezes...solo de instrumento? Nada...olha lá o cantor/a fazendo lalaiá no lugar que poderia ser ocupado lindamente por um solo de verdade.... e não a repetição da melodia, que isso não é solo.

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Se eu não posso criar algo novo em uma música, se tenho que toca-la sempre da mesma forma, igual, nota por nota.... não tenho prazer nenhum nisso... não estou fazendo música...isso é fotografia..pior, xerox da fotografia.

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Tem músicas que depois de um tempo me enchem o saco, mesmo as achando o máximo.
Sabe piada que perdeu a graça? Meio isso.

Masss... tem algumas músicas que jamais sairão da minha cabeça, porque são obras de arte. exemplo.: Eleanor rigby, dos Beatles, Rebento, do Gilberto Gil, In Memory of Elizabeth Reed, do Allman Brothers, Bolero De Satã, de Guinga e Paulo Cesar Pinheiro, gravada pela Elis Regina e Cauby Peixoto, Pedaço de mim do Chico Buarque..... 

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Música independe de letra.

Uma boa música valoriza uma letra ruim, o inverso, via de regra, pois ninguém quer escutar música ruim, faz com que a letra nem seja notada.


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Você sabia que a grande maioria dos solos (principalmente de rock)...seja de improviso ou pronto, começam com uma nota longa e geralmente um blend? Repare!


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Quem disse isso e porque?

"O músico Brasileiro é o melhor músico do mundo"

Pelo que sei, o doido ou a doida que disse isso, vem da escola de músicos de noite e de bailes. E um monte de gente acreditou e acredita nisso.

A dedução com que chegaram a isso eu não sei, pois não tem lógica.
Em tempos antigos, muito antigos, até que se aprendia alguma coisa copiando os standards e alguns clássicos, mas o tempo passou e os músicos se viram obrigados a copiar uma lixarada de músicas feitas para dançar e não para servirem como estudo...as famosas paradas de sucessos. Logo, se quem fazia e tocava essas músicas eram músicos medianos, nenhum que eu saiba genial ou grande criador...você vai aprender com eles?...grandes coisas você não será.

Interessante também que idolatramos músicos em sua maioria americanos e ingleses...muito justo.

Óra, raios!! Mas se idolatramos os caras é porque eles são especiais e os melhores, certo? Então....cacete, não consigo entender essa frase!

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A convivência com os animais me humaniza

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Malu Vianna - Vê se me esquece - Gravado ao vivo em 1985



Em memória a Malu Vianna.

Toquei com ela em um curto período de 1984/85. Esta música, "Vê se me esquece", de seu irmão Marcos Vianna que era também guitarrista em sua banda, foi gravada em um show que fizemos na Danceteria Metróplolis em São Conrado, Rio de Janeiro em 1985.

O texto sobre a carreira dela foi extraído do Blog de Manoel Leite.
No vídeo tem o endreço deste blog na net.

A banda na época era formada por:

Denis Bogerti, bateria. Chico Julian, baixo. Wilson Botelho, guitarra base. Eu, uma das guitarras solo e Marcos Vianna, a outra guitarra solo.

Usei neste show minha Strato 69, um pedal FX55 Distortion da DOD, plugado em um amp Fender Twin Reverber.

Gravação feita pelo engenheiro de som da casa.

Mais informações no vídeo.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Overdriver, distorção, fuzz.....



Overdrivers, distorções, fuzzes.... é o tipo de pedal que sempre estamos procurando aquele especial.
As opções são incontáveis, mas achar o que te agrada nem sempre é fácil.

Não tive tantos quanto gostaria de testar, mas ao menos sei dos que mesmo sem testar fico com um certo pé atrás.

Pedais que tem apenas 1 controle de tonalidade...esses sempre me decepcionaram...nunca fiquei satisfeito com o timbre final. Prefiro até que não tenha controle nenhum de tonalidade.

Não existe meio termo e você relaxa com o que consegue ou se desfaz do bicho.

Dos que tive, alguns poucos me agradaram.

Tive um Ibanez chamado Mostortion, que soava bem interessante com humbuckings. Apesar de eu não curtir esses captadores, usava em uma Tele de luthier que tive e com ela esse pedal falava muito bem.
O Mostortion não tinha muito ganho, mas tinha controles de grave, médio e agudo individuais e isso fazia muita diferença pra mim que cismo com timbre. Quando fiquei sem essa guitarra (que virou de cobaia para testes) me desfiz do pedal...com single coils não o achava grandes coisas.


DOD FX 55. Uma distorção leve, simples e clean...ganho e volume só.
Era um pedal engraçado...as vezes eu conseguia um som bom e outras vezes não. Reparei que tinha a ver com o nível de volume que eu  usasse. Com o amp alto ele falava bem, com pouco volume era difícil. No geral tinha pouco peso e saturação. O maior atrativo que eu via nele era a clareza e o brilho...mas é pouco pra ficar com um pedal. Agora pensando aqui, ele com humbuckings devia soar bacana...já era!


Rat...tem quem ame...quase perdi os cabelos tentando timbrar.
Tinha um knob de filtro que funcionava como tonalidade sem muita opção, como é de praxe nesses controles únicos. Se botava mais agudo, perdia os graves e vice-versa...sem contar que a sonoridade dele me lembrava timbres mais heavy, o que não era a minha praia. Foi-se!


Tube Screamer. Funcionou pra mim como um complemento. Se você usa pouca saturação, é muito bom.

No meu caso, gosto que o pedal tenha um nível de saturação extremo, mas que eu tenha o controle disso na minha mão...sendo mais claro, no controle de volume da guitarra e na dinâmica que eu queira dar com minha mão direita. Pedais cujo ganho você não tem como controlar no volume da guitarra...ou seja, a medida que você o abaixa, o nível de distorção não diminui, não me interessam..me desfaço rápido e sem pena.

Tive alguns da Boss..com os tais controles únicos de tonalidade...não deixaram saudade.
Não estou falando de qualidade, estou falando de características.

O Overdriver deles eu gostava...assim como também gostava do primeiro compressor..ambos tinham apenas 2 controles e nenhum de tonalidade. Depois lançaram com mais recursos...incluindo o tal de timbre e não gostei de nenhum dos dois.


A inglesa Colorsound tinha coisas boas. Um deles era o Overdriver. No talo sôa como um fuzz e tem um pré poderosíssimo. Em amps valvulados não gosto muito, mas em transistorizados fica o bicho...faz parecer que estamos em um valvulado e tem um corte sensacional..não sei exatamente como definir este corte que falo, mas é como defino sua sonoridade.
Foi meu primeiro pedal de driver decente.. tenho um até hoje e adoro.
O primeiro que tive, consegui na época do grupo Hidrante...1978.

De tanto trocar peças quando ele quebrava, vendo que a qualquer hora iria parar de funcionar, pois até as trilhas da placa do circuito impresso já estavam se soltando, mandei fazer uma cópia e ficou praticamente igual. Depois de anos de uso, trocas de transistores e etc...tanto um quanto o outro pifou de vez.

Tempos depois consegui uma re-edição dele... vinha com um potenciômetro de volume em sua lateral. Os primeiros não tinham esse volume...só driver, grave e agudo.

Senti diferença no timbre...(não por causa do pot de volume) os anteriores que tive soavam mais harmônicos e doces...esse novo mais seco e médio.

Tenho um amigo que me quebra galhos e manja de construção de pedais. Pedi pra ele me fazer outra cópia do primeiro Colorsound. Eu tinha o esquema, as peças e também os defuntos...o meu primeiro e a cópia que fiz dele.
Esse amigo fez o pedal e pude comparar os timbres. Acredite, a cópia ficou melhor que o novo, pois usava as mesmas peças do primeiro...e o primeiro como disse, soava mais bonito.

Detesto ficar pisando em pedal...um dos motivos de eu gostar tanto do Overdriver Colorsound, é que toco o tempo todo com ele ligado..controlo a distorção no volume da guitarra.. mas já ha um bom tempo, tenho usado a distorção dos próprios amps em que toco..usando o volume da guitarra da mesma forma que com o pedal..... e claro que levo o Colorsound também. Quando o amp é meu ou o conheço, fica de stand by as vezes, mas quando não conheço o amp...vai que a distorção dele é uma boa porcaria...

Luthiers........



É evidente que existem luthiers excelentes e que hoje, talvez não cometam erros...mas tenho absoluta certeza que já fizeram alguma ou muita besteira antes de ficarem bons.
Mesmo assim não coloco minha mão no fogo por nenhum. Tenho meus motivos e são mais que convincentes pra mim, pois quem se ferrou fui eu.

Fico muito tentado a expor o nome deles, mas deixa quieto...quem os conheceu na época e ler isto, saberá quem são...direi apenas, aproximadamente aonde eram suas oficinas...não lembro mesmo os nomes das ruas...e os chamarei pela primeira letra de seus nomes.

Caso 1: Luthier C

Levei minha Stratocaster 1969 no único luthier que conhecia no início dos anos 90 ou final dos 80. Hoje ele é muito conhecido e renomado...e realmente já vi (não toquei em um) belos instrumentos feitos por ele...se prestavam, se deram defeito posteriormente, não faço idéia.

Sua oficina era em um casarão velho, em uma rua não muito longe da praça Saens Peña na Tijuca, Rio de  Janeiro. Antes dessa casa, ele tinha uma oficina..se é que poderíamos chamar aquilo de oficina, em uma casa também na zona norte, só que do outro lado da linha de trem...não sei que bairro era aquele...talvez Rocha. E foi onde o conheci, atravez de um amigo baixista.

Levei a guitarra para trocar os trastos e o nut..queria experimentar um de metal. Falei com o cara a verdade...que só tinha aquela guitarra e precisava dela para trabalhar, logo, não poderia esperar muito pelo conserto. Ele deu um prazo e me garantiu que entregaria nele. Chegou o dia da entrega, fui pegar a guitarra...ele não tinha terminado e sequer estava trabalhando nela.

Aí foi aquela correria, desculpas esfarrapadas e garantiu que me entregaria em poucos dias. Nessa eu já estava me ferrando tendo que pedir guitarra emprestada a amigos.
Não gosto de pedir e ninguém gosta de emprestar seus instrumentos. E tem que ser assim mesmo. Não se empresta o instrumento de fé e de trabalho.

Chegou o dia e ainda faltava fazer o nut.
Aí pegou um velho que tinha lá já pronto e colocou. A corda sol ficou fazendo barulho de vibração...pegou um ferro de soldar e deu um pingo na ranhura por onde passa a corda..quebrou o galho e eu resolvi aceitar desse jeito mesmo, já muito irritado com aquilo tudo e querendo ir embora logo daquele lugar. 

Mas o pior eu não vi e só dei por mim a medida em que ia tocando.
A primeira e sexta corda escapavam do braço. Eu não entendia nada...antes a guitarra era perfeita...

Não pude voltar nele, o tempo foi passando e eu cada vez mais tendo dificuldade de tocar com a guitarra. O tempo passou e ficou por isso mesmo. Também se voltasse lá, que outro jeitinho ele daria?

Uns poucos anos depois conheci o luthier M, que fez uma Tele pra mim e levei a Strato para ele dar uma olhada. Pegou um gabarito de escala usado pela Fender, colocou na minha e descobriu o que havia acontecido.

O senhor C errou na lixada e mudou a curvatura da escala. Lixou demais nas bordas e as duas cordas escapavam.
Pior, lixou tanto que a deixou tão fina que não aceitaria outra lixada e novos trastos...só trocando a escala.

Tentei resolver arrumando sadlles menores e espremendo-os para o centro do braço...o que óbviamente não deu muito certo e a guitarra ficou cada vez mais difícil de ser tocada. Minha mão doía e frases mais rápidas era uma dificuldade pra fazer...a ponto de eu achar que o problema era eu.

Passei a desconfiar de todo e qualquer luthier e depois de um tempo comecei a usa-la só para slide...hoje nem isso... agora esta dentro de um armário guardada...até a coragem e o ânimo voltarem e eu a levar em algum outro pra trocar a escala.


Caso 2.: Luthier M.

Por volta de 1994 mandei fazer um modelo Telecaster.

Sua oficina era em uma casa que ficava próxima a rua Uruguai e a rua Maxwell...meio que na fronteira entre a Tijuca com o Andaraí..bairros da zona norte do Rio.

Paguei adiantado e me prometeu entregar em poucos meses...levou mais de um ano. Isso porque eu fiquei em cima reclamando.

Queria que a mão fosse igual das Stratos do final dos anos 60 e 70. O large headstock.
Não ficou igual, ficou deformado e não gostei, é claro. Aí ele cortou de novo fazendo o modelo antigo...que eu não gosto. Tive que engolir o sapo.

Eu queria o braço mais gordo.
Tanto fez, me falando dos novos shapes de braço que estavam usando e que segundo ele eram excelentes, que eu não iria me arrepender....que a contra gosto terminei aceitando. O braço não tinha absolutamente nada demais, não resolveu meu problema e mais uma vez tive que engolir..outro sapo.

Pra terminar com chave de ouro, errou algum cálculo..creio que na furação da ponte e o resultado foi:

1º- eu tinha que puxar os sadles, envieza-los no sentido dos bordões para as cordas ficarem no lugar certo e centradas no braço. O que também as fazia sair do centro dos polos dos captadores.

2º- por causa desse erro, a guitarra desafinava facilmente e a  afinação das oitavas no 12º trasto era uma batalha.

Como resolvi.
Deixei pra lá!

A usei um bom tempo assim mesmo e depois passei a usa-la também  apenas para slide... por fim virou instrumento de testes e hoje vive jogada aqui em um canto.

                                    
Caso 3.: 

Em 2011 montei uma Strato...já tinha um corpo em Ash e o braço importei pela net, via Stewart MacDonald. O braço me saiu por 300 e poucos reais com todas as taxas incluídas. Precisei apenas pedir a um amigo que não é luthier mas tem vários tipos de ferramentas e máquinas, para recortar a mão. Como gosto do large headstock da Fender, o desenhamos na madeira e ele cortou..ficou praticamente perfeito, mesmo sem termos o molde original.

Faltava o nut.

Estava morando em Sampa e a levei em um luthier...o cara faz trabalhos para gente conhecida e sua oficina é no Brooklin. Perdi o cartão dele, então não lembro seu nome mas ta tranquilo, só quero mostrar o erro e como o dele não foi grave...
....mas o caso é que errou 4 vezes...na última quando me dei conta do defeito, já estava longe de Sampa, capital.

Descobri uma vibração estranha...um zumbido quando eu tocava com ela desligada. Comecei a caça e descobri que o zumbido vinha do nut, exatamente na corda La. Vibra atrás do nut quando a toco solta.

Ta assim até hoje...como felizmente com ela ligada não percebo essa vibração, tudo certo...deixa assim por enquanto. Mas errar um nut 4 vezes....

Antes de importar o braço sondei preços com luthiers...a média foi 1000 reais...questionei isso comentando sobre os da Stewart McDonald e a resposta era a velha manjada..."ahh, mas nós fazemos exatamente como o cliente quer e os da S. MacDonald são feitos em série sem controle nenhum, a nossa madeira é... bla bla bla bla bla bla

O braço ta bonzão aqui e não tenho nada a reclamar...exceto pelo raio da espessura que gosto mais gordo, mas nada que me atrapalhe muito.
Ah sim... pra não fugir a regra, veio com um pequeno defeito. Um trasto estava levemente mal encaixado de um lado. Peguei um martelinho, coloquei um pedaço de couro por cima e dei 3 marteladinhas...resolvi!



Canja? Não...ok?




Nunca fui muito chegado a canjas, primeiro e principalmente porque não gosto de pedir instrumento emprestado.. geralmente nessas situações você não conhece o dono do instrumento e muito menos ele a você.. e porque também não gosto de emprestar o meu...assim como não conheço alguém que goste. Só quem já se aborreceu com isso sabe.

No caso de dar a canja...quando são jams livres tudo certo, mas normalmente é pra tocar alguma musiquinha xexelenta que você já não aguenta mais. Pro cantor aparecer é ótimo, pra você que será o figurante, aquela ladainha é um saco!

Tem uns caras por aí que adoram dar essas canjas e claro, ficam irritadíssimos quando negamos o instrumento. Mas vá pedir o instrumento dele para uma canja e veja se ele te empresta.

Alguns são tão cara de pau, que recusam ou ficam P... se você
não quiser emprestar seu instrumento de fé, mas um outro que esteja contigo.
Já aconteceu mais de uma vez comigo.

As vezes eu levava duas guitarras para tocar e usava ambas realmente, conforme a música. Só que uma era minha Fender 69 e a outra uma Telecaster feita por um luthier. A Fender com singles e a Tele com humbuckings...era evidente que eram instrumentos com sons diferentes e que se eu usava ambas (ou qualquer outro que fosse o dono) era porque prestavam...e quem ouvia a Tele elogiava, dizia que ela falava muito e o timbre era muito bom...essas coisas.

Então o bicão vinha me pedir, eu falava ok e dava a Tele, é claro!
Acredita que um distinto uma vez fez cara feia e ainda teve a petulãncia de falar...ahh, com essa não..quero a Fender.

Ficou sem a canja porque aí eu simplesmente ignorei o cara, não emprestei mais e que se dane.

Mas minha bronca maior com canjas é que já tive vários prejuizos.

Listando.
 
Minha primeira guitarra importada foi uma Gibson SG Standard 1973.
Linda, novinha, com aquele acabamento sensacional das Gibsons.
Era de uma cor marron acinzentada que nunca vi outra igual, sobre a madeira aparente.
Tava em uma festa dessas que rolam jams. Um lugar escuro cheio de malucos tocando e dançando. Em determinado momento, um cara que eu conhecia de nome e de vista e que tinha fama de que tocava bem, chamado Egídio ou Ernesto..não lembro mais...e que morava perto de mim no posto 6 em Copacabana...ou pelo menos vivia por lá...me pediu emprestado. Relutei um pouco mas baseado nesse histórico do cara, emprestei.

Tenho 99% de certeza que foi ou por maldade ou por inveja, pois naquela época nem todo mundo tinha uma guitarra importada.

Ele estava com um relógio daqueles cuja corrente é toda de metal...mas não em seu braço direito...enfim...emprestei a guitarra e fiquei curtindo a festa. Ele deu lá a canja dele, tocou algumas músicas e eu fui pedir a guita.
Nessa hora reparei que o tal relógio estava em sua mão direita, mas não fiquei pensando ou achando nada...jamais me passaria pela cabeça algo ...hoje já não agiria assim.

No final da festa quando fui limpar a guitarra pra guardar, notei algo diferente no corpo dela...exatamente na região onde fica nosso pulso e antebraço. Levei em um lugar mais iluminado e tinha um mapa de riscos no verniz..vi aquilo, me deu uma tristeza e raiva imensas mas tive que engolir o sapo...nem vi mais o cara na festa.


                          ------------------------------- x ---------------------------------- 


Em 1986 estava ganhando uns trocados em Ubatuba tocando em um barzinho com um cara. Chegou um senhor e começou a me encher o saco pedindo para eu emprestar pro filho dele dar uma canja, que era um garoto novo e tocava bem, mas não tinha experiência nenhuma em tocar em público e bla bla bla.... Tanto insistiu que emprestei.

O garoto ficou lá solando e usando aquela técnica de bater com a palheta na corda, no braço da guitarra. Até aí tudo bem...nunca vi ninguém estragar um instrumento assim.
Deu a canja dele, me devolveu a guitarra, o pai agradeceu muito e sumiram.
Era o intervalo..na volta, no primeiro blend que dei na altura do final do braço, senti a corda prendendo e arranhando. Acabou a música e corri pra olhar...um dos trastos estava com uns 3 ou 4 riscos.

Depois conversando com meus amigos, a dedução que chegamos foi que o garoto deve ter batido com a palheta na corda, exatamente em cima do trasto e isso deve ter funcionado como um martelinho.

Pra eliminar aquilo, peguei uma lixa fina e alisei parcialmente os riscos.

Este foi o início da derrota da minha Fender. Ainda toquei um bom tempo com ela assim, até que resolvi levar em um luthier no Rio para trocar os trastos, pois lixar todos eles não ia mais prestar.
....e o bendito luthier.....uma óva..maldito luthier... fez seguramente a maior cag... de sua vida. Destruiu a escala da minha Fender.


                        -------------------------------- x -------------------------------


A Tele... mandei pintar de vermelha e ficou lindona! Estreei a guitarra no mesmo dia em um bar que estava tocando na Barra da Tijuca. Um amigo meu guitarrista que sempre ia lá, me pediu pra dar uma canja. Tranquilo...emprestei a guitarra.
Quando acabou a canja, vi que ele estava usando um cinto com aquelas fivelonas...antes não tinha notado isso.
Virei o corpo da guitarra e... todo arranhado...quase tive um treco.
Sei que não foi por maldade, mas será que ele teria o mesmo descuido com a guitarra dele?

E o prejuizo como sempre...meu!

Emprestar e me devolverem com cordas arrebentadas? Comum.

Por essas e outras, ha um bom tempo não empresto mais e que se dane quem ficar de cara feia.

Um adendo.:

Em um show meu no bar Let It Be, no ano de 1983, no final do show alguém me pediu uma canja para um amigo que tocava gaita. Eu fingia que tocava gaita em um blues. Na realidade usava a gaita pra afinar a guitarra e brincava nesse blues com metade dela..não sabia mesmo o que fazer com a outra metade da gaita...e não sei até hoje.

Então o cara subiu e lembro bem que se chamava Carlito. Perguntei o tom e ele me disse..Do
Tocamos em dó e ficou uma porcaria...ele não se entendia direito, é óbvio, pois a gaita era em dó mas o acompanhamento teria que ser em Sol...como ele disse Do..tocamos em Do.

Eu quando estou no palco, fico meio que absorvido por isso e não consigo pensar direito quando o assunto foge do que estou fazendo, ou tenho que fazer. Minha gaita também era em dó e eu sabia que a harmonia tinha que ser tocada em Sol. Na hora nem lembrei disso e também vendo que ele era gaitista, não me passou nada pela cabeça.

Esse show foi gravado toscamente com um gravador k7 e no outro dia em casa, ouvindo foi que atentei.

Putz...nós tinhamos que ter tocado em Sol pra dar certo.

Porque ele falou que era Do...será que não sabia que se a gaita é em Do, tocamos em sol, se é Mi, tocamos em Si... ?

Ficou esse mal estar como se eu tivesse tentado sacanear o cara, mas a verdade é esta e a fita k7, que ainda existe, prova isso. Ta la a banda tocando em Do.  


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Teste de Single-coils - parte 3 - de 23 a 33 from Guitar magazine



Teste de single coils parte 3 - de 23 a 33

Continuando, agora a parte 3, com os audios dos seguintes modelos:

23- EMG SA
24- ESP Junction - SS
25- Fernandes VS 1
26- Gibson P-90
27- Joe Barden S-Deluxe
28- Kinman AVN Traditional AVN 56 - AVN 62
29- Lace Almi Tone
30- Lace Chrome Domes
31- Lace Hot Gold Sensor
32- Lace Holy Grail
33- Lace Transensor Single

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Tem um virtuose na banda.....hummm


Se tua banda tem 4 músicos que tocam bem e o quinto é um virtuose... se liga que isso pode ser problema...ou solução.

Tem virtuoses que sabem que são bons e se lixam pra isso.
Estão interessados na música e em acrescentar ...não em aparecer e se exibir. Esses são músicos, pensam como músicos e não como amadores...estrelas que na maior parte das vezes jamais serão.

Com esses virtuoses...os bons...não tem problema. Ele não ficará depreciando os outros músicos, dará boas idéias e até mostrará e ensinará caminhos melhores nas composições da banda...e os outros músicos se não forem tapados, entenderão como uma preciosa ajuda. 

Não se trata de altruísmo ou falsa modestia mas de positivismo, de querer que o trabalho cresça, vá além e de querer que os outros musicos cresçam também.

O oposto disso é o virtuose ou não, que se acha mais do que é. 

Nunca é tudo o que ele acha que seja, mas como tem uma turminha de otários que o idolatram e seguem, ele acredita piamente que é...o melhor entre os melhores.

Esses caras volta e meia criam desavenças na banda, desmotivam os outros músicos, não cumprem as obrigações, não acrescentam nada de novo as músicas e muitas vezes fazem com que músicos que não são como eles..virtuoses, mas que no pouco que fazem contribuem perfeitamente para o que a música pede, sejam trocados ou criam um clima tão pesado para a pessoa que ela mesmo se demite.

Vi mais de uma vez isso acontecer...e pior...depois disso o clima da banda foi para o espaço e mesmo com o músico substituto sendo melhor que o anterior, a banda se desfez...porque é claro que nem todos concordaram com a substituição e o motivo dela.. o que gerou uma bola de neve de desânimo, desavenças e mal estar...e aí, já era.

E o tal virtuose?...já estará em outra banda fazendo seu estrago.

Esses caras também criam climas péssimos em cima do palco. Imagine você errar ou dar um branco e ficar completamente perdido. Alguém escolado tira isso de letra. Músicos de verdade as vezes nem olham para quem errou pra não entregar o companheiro e também para não chamar atenção para o erro, que muitas vezes passa despercebido pela platéia.
Se olham, brincam, sorriem.. pois sabem que isso acontece, que a pessoa já esta chateada pelo erro e sabem que eles também podem errar...então pra que piorar isso fazendo cara feia ou ridicularizando o colega?
Pois tem músicos babacas que fazem isso...os famosos traíras.

Alguns também tocam de má vontade, jogam contra...principalmente se a casa esta vazia. Nesse caso nem precisa ser virtuose..basta ser burro...ou maluco.

Sou da seguinte opinião. Não importa quantas pessoas estão na platéia. Se estão ali é porque foram te ver e se não forem seus amigos ou parentes com convites, estão pagando por isso.

Toque com alegria. Toque do mesmo jeito que tocaria se a casa estivesse cheia. Respeite as pessoas..depois encha a cara e lamente, se continuar chateado...mas duvido que esteja se o motivo tiver sido apenas esse e se você tocou bem e com prazer. E por favor, não faça um show de 20 minutos porque a casa esta vazia. Que não faça o show inteiro como planejado, mas que faça algo que valha o que as poucas pessoas que pagaram merecem receber...é o mínimo. O valor do ingresso que ela pagou foi o mesmo...não teve desconto.

Eu sou fominha, minha vida é tocar, tocando o que gosto me sinto feliz...por mim, faço é o show todo! Até porque, se passei meses ensaiando isso..óra..quero mostrar.
Mas entendo quando os outros ficam desanimados com a casa vazia...eu também fico...até a hora que o som começa.
  
Por essas e outras, prefiro muito mais um músico mediano a um virtuose otario. Prefiro um músico que vibre com o que faz, que queira crescer e seja comprometido com o trabalho, mesmo ele tendo pouca bagagem, mas que acrescente mais a música com 3 notas, do que um que venha cheio de informações, muito exercício e técnicas chupadas de outros e no final você veja que não fede e nem cheira aquela pose toda, aquela cachoeira de conhecimento sem personalidade ou novidade. Virtuosismo não tem nada a ver com genialidade.

Uma banda só de virtuoses... pode criar algo muito bom ou algo muito chato. As vezes algo muito bom de tocar, mas tedioso pra quem vai ouvir.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Tocaia 1987 / 1995



Tocaia - 1987/1995

Eu e Willian Murray (ex baixista do Bacamarte) formamos essa banda instrumental sem muitas pretensões e fomos levando até onde deu.

Nunca nos apresentamos ao vivo e também não gravamos nada com qualidade de estudio.
Quase todas as gravações que temos, foram feitas em ensaios e gravadas apenas com dois microfones...e uma ou outra com porta estudios.
Apesar da precariedade das gravações, elas são bem audíveis. E como são os únicos registros da existência desta banda...postei!

Willian Murray - baixo
Fernando Medeiros - guitarra
Chico Costa - sax
Zé Bruno e Álvaro Albuquerque - bateria (cada um a seu tempo)

No começo tinha uma onda fusion, conforme a formação foi se alterando, as composições tomaram outro rumo. Uma mistura de rock, jazz-rock, progressivo e fusion.

A primeira formação contava também com os teclados de Helvio...depois virou quarteto e por último trio.

Vintage


Nos anos 70 e um pouco dos anos 80, falar em guitarras vintage dava até briga.

Existia uma conversa de que apenas esses instrumentos prestavam...mas não qualquer vintage. As Fender, em particular, eram as que criavam mais polêmica, principalmente as pré CBS e as CBS.

Não ha dúvida que determinados instrumentos mais antigos soavam melhor por N motivos e acredito que sejam melhores mesmo, mas o fato é que grandes guitarristas as usavam e não reclamavam.

Jimi Hendrix por exemplo...usava pre CBS e também as puramente CBS.
Alguém em sã consciência pode dizer que suas Stratocasters eram ruins? Que o som delas e tudo o mais não prestavam?

Ry Cooder, Bonnie Raitt, Jeff Beck entre outros, tinham e tem Stratos do final dos anos 60.

Entramos nos anos 70 e a polêmica persistia.

Realmente, eu mesmo cheguei a tocar em umas duas desses anos e que vieram com defeito de fabricação...uma delas do ano de 76, chegava a ser tosco. O primeiro trasto estava tão desnivelado, que o mi bordão fazia um calo...mas nada que um luthier bonzinho ou o próprio dono não resolvesse.
Tirando isso, todas eram ruins ou vinham com defeito? Claro que não.

Ritchie Blackmore, Robin Trower, Lowell George, David Gilmour e muitos outros, usavam Stratos dos anos 70...eram ruins, soavam ruins?

Tenho amigos que tem Stratos dos anos 70, são instrumentos excelentes e eles não se desfazem delas por nada.
Aliás, hoje instrumentos desses anos e até dos anos 80, também já são considerados vintage. É uma bagunça!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Marku Ribas - Urubu de meu loro - outtake 1982





Conheci Romero Lubambo em 1979, atravez de Carlos Adriano (Hidrante)...eles estavam tocando com um sambista chamado Walmir Lucena. Nesse dia acho que já estava rolando algo sobre eu substituir o Romero nessa gig...e assim foi.

Em 1982, Marku Ribas estava gravando um disco independente chamado Brasil com Z, no estúdio Timbre em Botafogo (RJ). Romero estava fazendo as guitarras e precisavam de uma guitarra mais rock, então ele me chamou.

Uma das músicas em que coloquei guitarra não foi aproveitada, mas como fiz amizade com os técnicos e donos do estúdio, Lauro e Willy (já falecido) pedi para eles uma cópia em fita cassete. Willy abriu a música e a copiou sem equalizar..foi dando uma equalizada conforme a música ia tocando...pra mim estava ótimo, pois só queria ter o registro.

A gravação desta música que saiu no disco, terminou sendo uma que ficou só com a guitarra do Romero. Como não tenho em mãos o disco.. e esta aqui virou um autêntico bootleg, nada mais apropriado que mostra-la.

Nestas gravações, entre outros, fiquei amigo do baixista Helinho Vidal (já falecido)..uma figuraça, muito engraçado e muito gente boa e de bom coração. Tem fotos no vídeo...e do batera Elcio Cafaro, outra figura e que já era amigo do Helinho.

Obs.: Como tive amigos que já se foram...

Eu estava com uma música minha tocando na rádio Fluminense FM, mas as pessoas com que gravei tinham outros trabalhos e não estavam disponíveis para tocar ao vivo.
Sem banda, comecei a usar meu nome para levar meu trabalho adiante.

A vibe com Helinho e Elcio tinha sido muito boa e os convidei para formar um power trio comigo...o que aconteceu.
Este trio também se tornou a banda de apoio para algumas apresentações deste disco do Marku.
Fizemos alguns shows com minhas músicas e também com o Marku, como disse, além de uma pequena participação na re-filmagem de Macunaíma, onde Marku, me parece era o protagonista. Não sei se esta re-filmagem virou mesmo um filme ou se passou em algum lugar.

Depois de um tempo o power trio terminou, o trabalho com Marku também, e eu, apaixonado por uma galega fui morar em Volta Redonda (RJ), onde passei quase todo o ano de 1984 tocando em uma banda de baile (Cravo e Canela)..conto causos dessa época aqui, em outra postagem.

E a galega?
Sei lá que fim deu! Tenho que perguntar pro Julio!
Que Julio?
Vocês não conhecem não! hihihi

Urubu é meu lôro (Marku Ribas-Reinaldo Amaral)

Gigs na TV E




Andei fazendo umas gigs na TVE do Rio de Janeiro. Algumas como músico e outra trabalhando como vocalista em um programa que ensinava inglês... minha memoria como sempre não é essas coisas, mas creio que o nome do programa era "I Love You" e a apresentadora se chamava Marcia...linda e super simpatica.

Eu e mais duas pessoas, cantavamos as músicas apresentadas fingindo ser as vozes dos alunos...que eram desafinados paca.

Um amigo antigo que trabalhava lá, (Marcelo Paschoal) com quem eu fazia todo o tipo de gig e também me arrumava os bicos na TVE como músico, tentou me colocar como contratado da casa.
Meu teste foi com um cantorzinho de noite metido a besta.

Estavamos eu e a banda da casa esperando no estudio, aí entra o tal cantor e fala:

- A música que vou cantar é "Vida" do Chico Buarque.

Sem partitura, cifra ou o que fosse.

Todos se olharam com aquele olhar de.. "vai dar merda"...mas como eu era o único que estava sendo testado...

Tocando na noite, você começa a perceber que a mpb mais comum se repete a exaustão. O samba se repete muito, entre outros estilos. São como fórmulas que você só pelo ouvido vai deduzindo para onde vai a harmonia...e isso termina servindo para outros tipos de música, as vezes não tão óbvias. Você termina pegando essas manhas. O rock and roll basico, assim como o blues, também são assim...tem suas fórmulas.

Só que...a maioria das músicas do Chico Buarque não são dessas...não são óbvias.
São harmonias cabeludas, caminhos diferentes e não da para pensar de forma simplista...agora vai pra tal acorde, volta naquela parte...
Você precisa da partitura/cifra...conhecendo ou não a música.
E detalhe...esta música nem é das mais difíceis dele.

Tentamos a primeira vez e empaquei. Tentamos a segunda...de novo.
Pelo ouvido eu imaginava...agora deve ir pra... mas não ia.

A banda nem arriscava acompanhar...ninguém sabia o raio da harmonia... me disseram depois...aliás, ficaram todos pau da vida com o tal cantor.

Na terceira tentativa, Fernando Lobo, que era o produtor ou algo assim do programa, saiu da sala da técnica, veio até mim, cruzou os braços a meio metro de distãncia...ou seja..na minha cara, e mandou começar de novo. Aí ferrou de vez...eu já nervoso e ainda com o chefão na minha frente feito uma estátua esperando o resultado...dancei.

Se o Fernando Lobo (já falecido, pai do Edu lobo) fosse mais criterioso..afinal era músico, compositor.... teria visto que o tal cantor é que era um idiota e estava querendo aparecer, pedindo uma música que qualquer músico que não a conhecesse e mesmo se conhecesse...como era o meu caso... sem as partes, fatalmente se enrolaria.

E se alguém disser que toca qualquer música (incluindo as do Chico Buarque) nesses moldes, correndo atrás, eu desafio a tocar uma minha sem partitura ou cifra...correndo atrás também. Até deixo ouvir primeiro, depois conto e começo..dou apenas o tom. Quero ver quem se aventura e acerta....e olha que as minhas músicas são infinitamente mais simples que as do Chico.

Saímos da TVE e fomos para o bar ao lado...o assunto era o mesmo...foi onde me disseram que ninguém sabia tocar a música.

Eis que entra o tal cantor, me vê e fala com o cara que esta com ele, de forma que eu e os outros ouvíssemos:

"músico de verdade tem que tocar qualquer coisa"

Aí vimos que ele não era um cantor de verdade.

Me tiraram dali antes que eu tacasse a guitarra com case e tudo na cara dele.


"músico de verdade tem que tocar qualquer coisa"
...balela igual a
"o músico brasileiro é o melhor músico do mundo"


Teste de single-coils parte 2 de 13 a 22 from Guitar Magazine



Teste de single-coils - parte 2 - de 13 a 22

Continuação da primeira parte.

Para quem esta a fim de trocar seus single-coils, ou quer conhecer a sonoridade e as diferenças entre eles, eis uma boa ajuda. Em breve as partes 3 e 4.

Consegui esses audios tempos atrás em uma comunidade do Orkut.

Os pick-ups deste segundo vídeo, estão listados abaixo.

13- Seymour Duncan ALNICO II PRO STAGGERED APS-1
14- Seymour Duncan CLASSIC STACK STK-S1n - STK-S1b
15- Seymour Duncan LIPSTICK TUBE PICKUP SLS-1
16- Seymour Duncan QUARTER POUND FLAT SSL-4
17- Seymour Duncan TWANG BANGER APST-1
18- Seymour Duncan VINTAGE STAGGERED SSL-1
19- Bartolini ZBSC-60N - 60S
20- Bill Lawrence L-250
21- Crews Maniac Sound INTER ROCKIN'
22- Dragonfly DFS-1