sábado, 7 de junho de 2014

Amplificador Marshall Valvstate VS65R

Testei o Marshall Valvstate VS65R de um amigo meu..Jorge Pra. A primeira coisa que preciso gostar em um amplificador, é seu timbre. Se gosto do timbre dele, é porque sei que vou conseguir chegar próximo do meu timbre. Levando-se em consideração, que você já tenha seu timbre na cabeça e saiba como chegar nele, ou próximo dele. Chegar nele realmente, só quando você acha o amp certo.

Ele tem um clean bem bacana, com bastante definição, versatilidade e a tradicional tendência para os agudos. Senti um pouco de falta de graves, mas nada grave rs.

O canal limpo tem controles de grave, médio e agudo, uma chavinha para mudar de canal e uma outra chamada Tone Shifter que da uma leve emagrecida no som, sem perder o ganho ou a côr, muito útil para quem gosta de explorar timbres mais leves.

No canal sujo os controles são:
Ganho, graves, um potenciômetro de Contour para acentuar como um todo a regulagem que você fizer, para dar uma compensação a sonoridade final, ou dar uma aveludada no som ou o contrário, deixar mais aberto... mais um controle de agudos e neste canal, não tem controle de médios.
Volume master, FX Mix e reverber.
A distorção é bem parruda e na falta de um pedal de driver, você tem nela uma boa opção para os solos e bases sujas.

Em sua parte traseira tem entradas para Headfone, footswitch, Fx Loop (send e return) e uma saída Line (out)

Usa um falante Marshall Gold back de 12 polegadas.
A construção do gabinete é excelente, bem desenhada e robusta, o que te da uma boa ambiência final de resposta sonora. Uma caixa bem projetada e construída, faz uma imensa diferênça no som de qualquer amplificador.

Isso me fez lembrar uma caixa que usei e que me fez a partir daí, ficar atento a isso.
Estava tocando em uma churrascaria (meu calvário) e o dono da aparelhagem apareceu com uma caixa de 4 falantes de 12 polegadas, que era uma cópia vagabunda de uma caixa Marshall.
De cara eu estranhei o peso dela. Uma caixa com 4 alto falantes de 12, mais a madeira, normalmente tem um peso considerável e essa era uma pena. Conforme fui tocando nela, comecei a reparar que ela simplesmente não respondia. Não tinha graves, não tinha ambiência, o timbre era pobre e também não tinha volume...o som não rendia. Por curiosidade em um ensaio abri a caixa. De cara notei que a madeira usada era um lixo, frágil e não era madeira que se usa em caixas. Reparei olhando com cuidado, que ela não tinha o mesmo tamanho de uma caixa Marshall original. Tirei as medidas e comprovei depois com uma caixa verdadeira de um amigo. A marca dos falantes nem me dei ao luxo de prestar atenção...eu sabia que não prestavam, até porque o som que eu tirava com ela era uma lástima.
Como a caixa não era minha, nem coloquei minhoca na cabeça do dono. E ainda bem que ele não me pediu opinião sobre, pois eu sou bem sincero nessas horas.
Enfim, isso serviu para eu aprender que uma caixa acústica tem uma imensa responsabilidade no som final de um amplificador. Uma caixa mal projetada, com madeira inadequada... você pode ter o alto falante que for, que ele não responderá a contento e um desavisado pode até achar que o problema seja o alto-falante. Não se iluda...o gabinete de seu amplificador, a caixa externa que você usa...pode fazer teu som ficar firinfinfin e te deixar imensamente insatisfeito, vai depender se quem o construiu sabia o que estava fazendo e da importância que o conjunto tem no todo.

Esse Marshall VS65R, é um amp versátil e responde bem, creio, em qualquer estilo musical...não o achei específico a som nenhum e isso é ótimo.
Esse meu amigo, tem também um outro Marshall mais recente e será o próximo da lista.


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